Ao que parece, meus colegas de classe têm uma grande preocupação em rotular a Arte. Se dão ao trabalho de levantar a questão "O que é arte?", e se inquietam diante da ausência de resposta definitiva.
O que é Arte? Isso importa?
O que é Arte? Tudo.
O que é Arte? Absolutamente nada.
O que é Arte? Para quem?
Não existe uma definição única para a Arte, assim como não existe uma definição única para o Amor. Os dois são coisas subjetivas — de dentro para fora.
As pessoas estão em uma constante busca por significados expressos em palavras, quando existem tantas coisas tão grandiosas (ou medíocres), que palavras são incapazes de traduzir. É nesse sentido que o "eu te amo" se torna algo tão banalizado e tão amedrontador.
Diga menos, sinta mais. Diga menos e haja mais! Crie mais!
Existem pessoas que respiram Arte, é algo inerente a quem elas são, as coisas simplesmente fluem. Para estas pessoas, a Arte é a própria Vida, é um lugar seguro onde as coisas têm sentido. Seja na posição de criador, seja na posição de apreciador, a Arte simplesmente É.
Outros quebram a cabeça com estéticas vazias, com o intuito único de impressionar; para estes a Arte é uma ferramenta social e financeira.
Algumas pessoas não gostam de Arte. Não entendem as obras, não conseguem criar uma conexão com elas ou com os autores das mesmas. Para estas pessoas, arte não é nada.
Tentar chegar a uma opinião unânime sobre o que é Arte, por si só é uma contradição, em vista do conceito popular de unanimidade, e uma perda de tempo precioso que poderia ser usado em função da própria Arte.
Afinal, o que é Arte?
Foda-se.
Por hoje, Cíntia Lira