quinta-feira, 5 de maio de 2011

As coisas têm passado por mim. As pessoas, os objetos, tudo. As nuvens, estrelas, lua após lua, dia e noite, chuva, arco-íris, morcegos e borboletas... Eu continuo inerte, calada. Às vezes muito cansada para respirar, às vezes muito nervosa para dormir.
As ilusões me pregam peças; fecho meus olhos para me enganar, para fingir que não percebo que é tudo mutável e no final permanecerei sozinha em minha casa de ruínas.
Se eu ao menos tivesse forças para me abandonar... Algo me prende. Algo inexplicável e inconveniente... Não consigo permanecer no meu corpo por muito mais tempo. Não vou conseguir lidar com toda essa angústia e indiferença, com pessoas que um dia dizem se importar e no outro agem de forma obtusa!...

Alguém aqui está achando isso tudo engraçado. Não sei qual é a graça, e uma vez que não habilito os comentários, acho que nunca vou saber. Mas vários posts estão classificados como "engraçado". Eu poderia rir um pouco agora, ainda que fosse da minha própria desgraça...